Título: Poder dos caudilhos provinciais aumentou
Autor: Ariel Palacios
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/10/2006, Internacional, p. A6

Em 1983, quando a democracia voltou à Argentina após sete anos de ditadura militar, não era possível a reeleição de presidentes ou governadores. Mas, em 1986, o então governador de La Rioja, Carlos Menem, modificou a Constituição provincial para reeleger-se (ele próprio, em 1994, modificaria a Carta nacional para reeleger-se presidente). Nos últimos anos, cinco províncias mudaram para permitir que governadores possam candidatar-se eternamente (uma delas a Santa Cruz de Néstor Kirchner). Uma única província não permite a reeleição eterna, mas aceita duas reeleições. Outras 16 aceitam só uma reeleição. Só três resistem à reeleição.

Para as eleições de 2007, 14 governadores já anunciaram que desejam reeleger-se. Este sistema beneficiou o Partido Justicialista (Peronista), de Kirchner. Segundo o Centro de Estudos Nueva Mayoría, das 34 reeleições ocorridas desde 1983, 26 reeleições - 76% do total - foram conseguidas pelos peronistas.