Título: As idas e vindas dos pacotes de bondades
Autor: Adriana Fernandes
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/09/2006, Economia, p. B3

Portabilidade (migração de um banco para outro) do crédito consignado: A princípio, Mantega anunciou que a regra valeria para todos os contratos. Os bancos reclamaram e o ministro então disse que a medida não atingiria operações já contratadas, mas apenas os novos empréstimos. A medida ainda corre o risco de ficar para depois.

Portabilidade dos financiamentos habitacionais: Medida considerada de grau de complexidade para ser implementada e que praticamente foi descartada para esse primeiro momento.

Portabilidade de dívidas em geral: A medida envolveria a eliminação dos custos para o pagamento do empréstimo tomado em uma instituição financeira e seu refinanciamento em outra. Há detalhes que precisam ser estudados "minuciosamente", disse Mantega, sinalizando que a medida pode não sair agora.

Uso do FGTS como garantia para o crédito consignado imobiliário: O ministro prometeu e depois descartou a adoção dessa medida.

No pacote cambial, o ministro da Fazenda também fez promessas e previsões que não aconteceram:

(1) O governo não abriria mão da receita obtida com a cobrança da CPMF sobre as receitas em dólar dos exportadores que fossem mantidas no exterior. Ele chegou a dizer que tinha descoberto uma fórmula especial para fazer essa cobrança. (2) A suspensão da cobertura cambial não seria generalizada, mas por setor ou por empresa exportadora. (3) O pacote teria efeitos diretos e imediatos na taxa de câmbio.