Título: Mulher protesta e leva gravata
Autor: Wilson Tosta
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/10/2006, Nacional, p. H9

Óculos escuros, baixa estatura, aparentando permanente indignação, a professora Mariana Correia Cintra, de 61 anos, quase viveu ontem seu dia de Yves Hublet - o escritor que, num alegado ataque de nervosismo, investiu a bengaladas contra o petista José Dirceu em novembro de 2005, na saída do plenário da Câmara dos Deputados.

Uma das líderes do protesto contra Dirceu na Universidade Ibirapuera, ela investiu contra Dirceu quando ele já saía. Levou uma gravata, foi empurrada, mas não desistiu: ainda conseguiu chutar o automóvel em que o petista escapou do grupo de eleitores tucanos enfurecidos.

¿É uma afronta. O cidadão chega para votar e se depara com essa pessoa! Comecei a chamá-lo de ladrão.¿ Ela admitiu que avançou contra o ex-ministro, quando ele, depois de votar, já ia embora. ¿Eu queria pegá-lo assim, agarrá-lo, para ele explicar muita coisa¿, afirmou.

A professora disse que foi agarrada por ¿cupinchas¿ de Dirceu, que a chamavam de ¿chuchu¿ - referência ao presidenciável tucano Geraldo Alckmin, apelidado Picolé de Chuchu.¿Eu perguntei: `Você rouba também?¿¿