Título: Três acusados pela CPI desistem de tentar reeleição e baixas devem crescer
Autor: Eugênia Lopes
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/08/2006, Nacional, p. A7

Com a apresentação do relatório parcial da CPI dos Sanguessugas, parlamentares acusados de envolvimento começam a reconsiderar a idéia tentar a reeleição. Ao menos três deles já anunciaram que vão desistir de disputar um novo mandato: Jorge Pinheiro (PL-DF), Heleno Silva (PL-SE) e Osmânio Pereira (PTB-MG). "Não há clima nesse ambiente de caça às bruxas", justificou o petebista.

No Congresso, é dado como certo que outros dois deputados também vão desistir: Edna Macedo (PTB-SP) e Pastor Josué (PTB-PA). Dos 69 deputados que devem sofrer processo que pode levar à cassação, 62 pretendiam concorrer. Se as cinco desistências se confirmarem, o total cairia para 57, mas o presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), previu que um número ainda maior de acusados deve recuar. "Os que insistirem terão muita dificuldade para se reeleger", disse.

Antes do escândalo dos sanguessugas, o atual Congresso tinha sido abalado pelas denúncias do mensalão. Por conta delas, quatro deputados não concorrem: José Janene (PP-PR), Wanderval Santos (PL-SP), Romel Anízio (PP-MG) e Roberto Brant (PFL-MG).

Outro não foram acusados, mas não cogitaram concorrer dizendo-se decepcionados, a exemplo de Roberto Freire (PPS-PE), Xico Graziano (PSDB-SP) e Moreira Franco (PMDB-RJ).