Título: Empresas aéreas propõem redução de taxas em 50%
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Fonte: O Estado de São Paulo, 07/11/2006, Metrópole, p. C1

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) entrou ontem com pedido formal de compensação dos prejuízos provocados pela ¿greve branca¿ dos controladores de vôo, em ofício enviado à Agência Nacional de Aviação Civil. ¿A conta já passa de R$ 40 milhões¿, disse o diretor de Relações Governamentais do Snea, Anchieta Hélcias. Para compensar as perdas, o Snea propôs a redução de taxas por prazo determinado.

São três as medidas compensatórias: redução de 50% das taxas para uso de equipamentos de comunicação e de auxílio à navegação aérea; redução de 50% das taxas de pouso e permanência; e ¿gestões junto à diretoria da Petrobrás¿ para que se consiga descontos de ¿pelo menos 15%¿ no preço do querosene de aviação. O Snea ressalta que a crise é ¿de inteira responsabilidade do governo federal, por imprevisão¿.

Hoje as empresas se reúnem com o Procon de São Paulo para tratar dos problemas enfrentados pelos passageiros. TAM e Varig já confirmaram a presença. ¿Temos menos de 50 reclamações, mas só começamos a recebê-las à noite (de anteontem)¿, disse a diretora-executiva do Procon, Marli Sampaio. Segundo ela, as empresas podem ser acionadas para reembolsar gastos de passageiros com hotéis e comida. A indenização por perder compromissos será feita à Aeronáutica.

A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) vai entrar com ação judicial contra a União por causa dos prejuízos. Os clientes têm o direito de receber de volta o que pagaram pelo pacote. ¿Não podemos arcar sozinhos com esse prejuízo¿, disse o presidente da associação, José Zuquim.

Quem também está levantando perdas é a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio. Os hóspedes já começaram a exigir ressarcimento. Os hotéis estimam prejuízo de R$ 10,4 milhões.