Título: Evo vê ameaças aos contratos
Autor: Adriana Chiarini
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/11/2006, Economia, p. B11

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse ontem que a saída dos senadores da oposição do parlamento pode prejudicar a aprovação dos contratos assinados com as petroleiras no dia 28 de outubro. Evo chamou o ato de ¿golpe contra a democracia¿.

¿Se não se aprovar os contratos, não haverá investimentos na Bolívia?¿, questionou. O bônus para famílias que mantiverem seus filhos na escola, chamado de ¿Bono Juancito Pinto¿, depende integralmente do petróleo.

Ao mesmo tempo em que enfrenta forte oposição no Senado, na Câmara, a situação parece oposta. A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara aprovou ontem, sem objeções, os 44 contratos petroleiros, entre os quais os quatro relativos aos megacampos operados pela Petrobrás Bolívia, em parceria com a espanhola Repsol-YPF e a francesa Total, assinados pelo governo no dia 28 de outubro.

A informação é de uma fonte legislativa. O titular da comissão, o deputado Jorge Silva, membro do MAS, de Evo, ressaltou o apoio da bancada de oposição.