Título: PF vai fazer novas prisões
Autor: VERA DANTAS E NAIANA OSCAR
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/08/2006, Economia, p. B8

No terceiro dia da Operação Dilúvio, ningúem foi preso. Segundo o superintendente da Polícia Federal no Paraná, Jaber Saadi, 97 suspeitos estão detidos e não 102, como a PF havia divulgado. "São muitos Estados, é muita informação, o total de presos acabou saindo equivocado."

Com o aprofundamento das investigações, novos mandados de prisão devem ser expedidos. "Vamos fazer uma devassa geral, desde os cabeças até os varejistas", afirmou Saadi. Agora, a PF deve pedir à Justiça a prorrogação da prisão temporária de alguns dos suspeitos detidos, para continuar ouvindo depoimentos e descobrir novos detalhes do esquema. A prisão temporária dura cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.

EMPRESAS Várias empresas citadas na Operação Dilúvio - deflagrada pela Polícia Federal e Receita na quarta-feira depois que um megaesquema de fraude no comércio exterior foi descoberto - desmentiram ontem qualquer envolvimento. A Britânia informou que não está sendo investigada pela PF, não tem débito com a Receita Estadual e Federal, sempre importou direto da origem e pelo valor real do produto e há mais de 10 anos é auditada pela Price Waterhouse Coopers.

A CDC Brasil, fornecedora do mercado de automação comercial, disse em nota ter sido surpreendida com a inclusão de seu nome nos jornais e quando informada oficialmente pelas autoridades fornecerá os esclarecimentos necessários. O advogado da Blue Bay, José Eduardo Savóia, informou que a empresa se utilizou dos serviços da Mercotex e da Opus Trading, mas segundo ele , a importação até a internação do produto foi feita em nome da Blue Bay.

A Polimport, por meio de sua assessoria,informou que tomou conhecimento do envolvimento da empresa por meio da própria imprensa. "Desconhecemos a acusação de algum de nossos fornecedores tenham agido de má fé através de atividades ilícitas."