Título: Tribunais do Sul dizem desconhecer irregularidade
Autor: Gallucci, Mariângela
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/11/2006, Nacional, p. A4

Os Tribunais de Justiça do Paraná e do Rio Grande do Sul consideraram surpreendente a lista divulgada anteontem pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A cúpula dos dois tribunais alega desconhecer irregularidades que resultariam em salários acima do teto admitido - 1 caso no Paraná e 190 no Rio Grande do Sul.

O vice-presidente do Tribunal de Justiça gaúcho, desembargador Danúbio Edom Franco, disse que é necessário o exame detalhado do relatório da CNJ, uma vez que o tribunal desconhece as irregularidades apontadas. Segundo ele, essa análise deve ocorrer em uma semana.

No caso do Paraná, servidores de alto escalão afirmam que não há benefícios estranhos aos subsídios normais. Alguns servidores cogitaram que os salários acima de R$ 22,1 mil, fixado como teto de desembargadores, podem estar relacionados com verbas de representação recebidas por quem exerce a função de presidente, por exemplo, ou está acumulando funções em outras áreas, como a Justiça Eleitoral.

Na listagem apresentada pelo Conselho Nacional de Justiça, apenas um caso é citado como irregular no Paraná. O Tribunal de Justiça do Estado pretende se pronunciar somente quando for notificado.

As informações não oficiais são de que os salários brutos dos desembargadores paranaenses giram em torno de R$ 21 mil, enquanto os juízes de primeira instância receberiam o equivalente a 70% desse valor.