Título: Oferta de vagas formais cresce 9,8%
Autor: Farid, Jacqueline
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/11/2006, Economia, p. B8

As empresas abriram em outubro 129,7 mil vagas com carteira assinada. Ante outubro de 2005, o acréscimo foi de 9,8%, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho divulgado ontem. Esse foi o segundo melhor resultado, para meses de outubro, desde o início da série em 1991. O ministro Luiz Marinho atribuiu a melhora ante outubro de 2005 ao aumento do consumo interno.

'Não há milagre para gerar empregos: tem de haver crescimento econômico e aumento de consumo', afirmou Marinho, antecipando que em novembro a criação de empregos deverá também superar o número do mesmo mês de 2005.

No entanto, ante setembro, houve redução na oferta de novos postos formais em outubro - o que deve se repetir este mês. Isso porque, sazonalmente, nos três últimos meses do ano, a oferta de vagas se reduz.

De janeiro a outubro, o saldo positivo de novos postos formais está em 1,513 milhão, ante 1,526 milhão em igual período de 2005 (redução de 0,87%). Marinho manteve a aposta de que o resultado de 2006 será igual ao de 2005 na geração de empregos: 1,250 milhão. No governo Lula, até outubro, foram criados 4,93 milhões de postos formais de trabalho, menos da metade dos 10 milhões prometidos na campanha de 2002.

Entre as áreas que admitiram mais do que demitiram em outubro, destacam-se serviços (55,7 mil), comércio (55,6 mil) e indústria (45,8 mil). Mais uma vez, por causa da entressafra, apenas a agricultura foi o setor que demitiu mais do que contratou (29,2 mil postos a menos).

Marinho apontou a construção civil, que criou 132,1 mil vagas com carteira assinada no ano até outubro, como o grande destaque, porque esse é o melhor desempenho para períodos semelhantes desde o início da série. 'Esse resultado reflete a adoção de medidas de incentivo ao setor', disse o ministro, referindo-se à desoneração de materiais de construção e liberação de recursos mais baratos para o setor em 2007.

De janeiro a outubro, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro foram os Estados que mostraram maior expansão de empregos formais.