Título: 'Empresa enfrenta campanha sem fundamento'
Autor: Cataldo, Beth ; Tereza, Irany e Lima, Kelly
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/12/2006, Economia, p. B5
Nos últimos meses, a Petrobrás freqüenta o noticiário por suspeitas de utilização político-partidária de recursos da estatal. Gabrielli admite que é possível aprimorar sistemas que permitam o acesso público a dados da empresa ligados aos recursos sociais. O executivo nega qualquer possibilidade de privilégio a aliados políticos e recorre à defesa de programas como o Fome Zero para justificar projetos sociais da Petrobrás. 'A Vale, a Gerdau, o Itaú, o Bradesco, todas as grandes empresas têm o mesmo comportamento. A Petrobrás tem mais porque é maior', diz, alegando que a responsabilidade social contribuiu para que a empresa conquistasse índices de sustentabilidade nas Bolsas de São Paulo e de Nova York.
Sobre o orçamento de alguns projetos, como a produção de cartilhas de alfabetização, coordenado pela Federação Única dos Petroleiros, que mereceu verba de R$ 8 milhões, ele reage com naturalidade. 'Alfabetizamos 40 mil pessoas no Mova Brasil. Fazer cartilha custa quanto?' Por essas contas, R$ 200 a cartilha.
Gabrielli está convencido de que há uma campanha sem fundamento contra a estatal, diz que a Petrobrás financia 1.750 projetos, com cerca de 15 mil entidades credenciadas que, frisa, passam por processo de seleção pública. 'Transparência é a definição de procedimentos. Compare a nossa transparência com a das outras (empresas). Somos, com certeza, muito mais transparentes.'