Título: Elas já chefiam 28,5% dos lares brasileiros
Autor: Rodrigues, Karine
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/12/2006, Vida&, p. A22

O índice de famílias chefiadas por mulheres subiu de 20,2% para 28,5% no transcorrer da última década - e já é o dobro nas regiões metropolitanas de Salvador (42%), Recife (41,1%) e Belém (40,9%). O sociólogo Carlos Antônio Costa Ribeiro, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), lembra que a maior parte dessas mulheres não tem cônjuge, seja por separação ou por abandono. Muitas vezes o salário delas é a única fonte de renda.

Em todo o território nacional, como conseqüência da queda da fecundidade, diminuiu o número de casais com filhos - em 1995, a taxa era de 63,7%; dez anos depois, era de 53,3%. As famílias mais pobres são as mais numerosas. Uma boa notícia é a redução daquelas que se mantêm com um rendimento per capita de até um salário mínimo. No Tocantis, esse número caiu de 54,9% para 37,5%, no caso das famílias com chefia masculina, e de 56,8% para 40,8% entre aquelas com mulheres no comando.