Título: Destruição da camada de ozônio é pior na Antártida
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 26/12/2006, Vida&, p. A13

Um estudo divulgado ontem mostra que o aumento do buraco na camada de ozônio nos últimos 20 anos tem sido pior na Antártida que no Ártico. O processo no sul começou nos anos 70, mas foi mais acentuada nos anos 80 e 90.

Cientistas que realizaram o estudo, ligados ao governo americano, indicaram que havia praticamente uma ausência completa de ozônio em partes da atmosfera antártica depois de 1980, em comparação com anos anteriores. Em algumas altitudes, a redução chegava a 99% no inverno. Em contraste, as perdas de ozônio no Ártico eram esporádicas. Chegavam a 70%.

¿A perda no Ártico é muito menor que a perda na Antártida¿, disse Robert Portmann, cientista do Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, no Colorado.

O ozônio filtra os raios ultravioleta, que provocam câncer de pele e catarata. A camada é destruída por produtos químicos, como o CFC, emitido pelo gás do aerossol e por geladeiras antigas. O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences e se baseou em 40 anos de medições de ozônio.