Título: Novos governos pretendem mudar estruturas
Autor: Scinocca, Ana Paula
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/12/2006, Nacional, p. A8

Estados em que haverá mudança do partido no governo estão revendo sua estrutura administrativa e devem começar o novo mandato com ajustes no secretariado. No total, 17 governos responderam ao Estado qual será o número de secretarias para o próximo mandato. Nos 7 com troca de legenda o número de pastas será alterado.

A redução mais drástica de secretarias ocorrerá no Maranhão. Sob o comando de Roseana Sarney (PFL), o Estado conta hoje com 53 secretarias. O governador eleito, Jackson Lago (PDT), pretende iniciar o mandato com 27 pastas. De acordo com Aderson Lago, primo do governador e futuro secretário da Casa Civil, muitos órgãos estatais tinham status de secretaria e vão passar a ser órgãos de assessoramento do Executivo. ¿Ainda não temos um número exato da economia que vai ser proporcionada com a redução, mas acreditamos em algo em torno de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões ao ano.¿

No Rio de Janeiro, apesar de pertencerem ao mesmo partido, o PMDB, o governador eleito Sérgio Cabral reduzirá sensivelmente as secretarias de Rosinha Matheus: das atuais 28 para 19. Há tempos Cabral vem reclamando das dificuldades financeiras que receberá da gestão de Rosinha.

Outro Estado com significativa diminuição de pastas será Sergipe, das atuais 33 do governador João Alves (PFL) para 25 sob o comando de Marcelo Déda (PT). No Ceará, o governador eleito Cid Gomes (PSB) cortará 6 pastas (de 26 para 20). Hoje o Ceará é governado pelo tucano Lúcio Alcântara.

Em São Paulo, José Serra (PSDB), que sucede Cláudio Lembo (PFL), aumentará de 23 para 25 o número de secretarias, sob a justificativa de que algumas pastas, como a Casa Civil, estavam sobrecarregadas. Fundiu a Secretaria de Esportes e Turismo e criou a de Gestão, a de Relações Institucionais e a do Ensino Superior.

Em Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) inicia sua gestão com 4 secretarias a menos que o atual governador, Zeca do PT. Passará a contar com 11 pastas. Na Bahia, Jaques Wagner (PT) sucede Paulo Souto (PFL) e pretende criar 4 pastas, chegando a 21 secretarias.

Pernambuco, hoje sob o comando de Mendonça Filho (PFL) e com 14 secretarias, contará com 2 a mais na gestão de Eduardo Campos (PSB). Ana Júlia (PT) vai extinguir uma das 26 secretarias do Pará, governado por Simão Jatene (PSDB).