Título: Após a angústia, mãe fala com a filha pelo telefone
Autor: Auler, Marcelo e França, Valéria
Fonte: O Estado de São Paulo, 29/12/2006, Metrópole, p. C4

Foram nove horas de angústia até a ajudante-geral Rosilene Silva ouvir a voz da filha Priscila Alessandra Silva de Santana, de 22 anos, e acreditar que ela estava bem. Priscila, que mora em São Paulo, estava no ônibus da Viação Itapemirim incendiado na Avenida Brasil, no Rio.

A jovem viajou para o Espírito Santo para passar o Natal com a família do marido, mas voltou porque queria para passar o réveillon com a mãe. ¿De madrugada a sogra ligou para saber se ela tinha chegado. Disse que não, e ela desligou. Só soube pela manhã o que tinha acontecido¿, contou Roseli.

A ajudante geral saiu para o trabalho logo cedo. Quando viu pela televisão o incêndio voltou para casa para esperar um contato da filha. O telefonema de Priscila ocorreu apenas às 15 horas. ¿Ela está muito abalada, preferiu voltar para a casa da sogra, onde deixou o filho com o pai.¿