Título: Metalúrgicos mantêm greve no PR
Autor: Fadel, Evandro
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/09/2006, Economia, p. B6

Os metalúrgicos das montadoras Volkswagen/Audi, Renault e Volvo no Paraná rejeitaram na manhã de ontem, pela terceira vez, proposta do Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) e prorrogaram até segunda-feira a greve que começou quarta-feira nas duas primeiras empresas e na quinta-feira na Volvo.

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba pretende deixar o Sinfavea de lado para negociar em separado com cada montadora. Na segunda-feira, novas assembléias serão realizadas nas três fábricas, para decidir sobre a continuidade da greve.

A nova proposta do sindicato patronal é de reajuste salarial de 4,19% - incluindo a reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 2,85% - já em setembro, além de 0,78% a ser acrescido em março do próximo ano. As empresas ainda ofereceram um vale-mercado mensal de R$ 400.

A proposta original do Sinfavea previa 2,85% do INPC, 1,3% de ganho real e abono de R$ 150.

Os trabalhadores pedem reajuste do INPC e 5% de aumento real. No entanto, na assembléia de ontem, eles deixaram em aberto a possibilidade de aceitar o que o Sinfavea está oferecendo, desde que seja acrescido de R$ 700 de abono.

Segundo o sindicato dos trabalhadores, com a paralisação dos 3,5 mil funcionários da Renault, que fica em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, deixam de ser produzidos diariamente 250 veículos.

Na Volks/Audi, no mesmo município, são 3,8 mil metalúrgicos, que produzem 810 carros. Na Volvo, que está na Cidade Industrial de Curitiba, os 1,8 mil trabalhadores produzem, em média, sete ônibus e 34 caminhões por dia.