Título: Para idosos, taxa é a menor em 12 anos
Autor: Froufe, Célia
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/01/2007, Economia, p. B4
Beneficiada por tarifas mais baratas, a inflação entre os idosos fechou o ano de 2006 no nível mais baixo desde o Plano Real, em 1994. É o que mostram os resultados do Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), divulgados ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador, que mede a evolução dos preços em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos com 60 anos ou mais e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, subiu 2,06% em 2006 - menos da metade da taxa em 2005 (5,05%).
A taxa de 2006 foi influenciada pelo resultado do quarto trimestre, que subiu 0,86%. Embora seja superior à do IPC-3i do trimestre anterior (0,5%), foi menor do que a do Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação no varejo em todas as faixas etárias e subiu 1,01%.
O resultado anual do IPC-3i também foi inferior ao apurado pelo IPC-BR em 2006 (4,93%). Segundo o economista da FGV, André Braz, as tarifas administradas, como telefonia e eletricidade, têm peso maior na inflação do idoso do que no cálculo da inflação total do varejo, medida pelo IPC-BR.
Segundo Braz, a inflação nessa classe de despesa, entre os idosos, fechou 2006 com alta de apenas 1,8%, ante 5,69% em 2005. Entre os destaques, estão as deflações nas tarifas de telefonia fixa (1,66%) e de eletricidade (1,53%) - em 2005, essas tarifas subiram, respectivamente, 5,53% e 7,3%.