Título: Balsa-guindaste resgatou submarino afundado
Autor: Pamplona, Nicola
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/01/2007, Economia, p. B5

A indústria de petróleo no Brasil ganhou um reforço peso-pesado para desenvolver projetos que iniciam as operações nos próximos anos. Trata-se da gigantesca balsa-guindaste Thialf, que, há seis anos, retirou do fundo do Mar de Barents o submarino nuclear russo Kursk. Com capacidade para levantar até 15 mil toneladas, a Thialf foi responsável pela montagem da plataforma de Polvo e terá mais duas missões antes de deixar o País.

A embarcação pertence à companhia holandesa Heerema e foi contratada pela Petrobrás para montar a Plataforma de Rebombeio Autônomo 1 (PRA-1) - que vai escoar a produção da Bacia de Campos-, e a plataforma de Mexilhão, maior campo de gás natural do País. Neste momento, está no litoral fluminense montando a PRA-1.

Todas as plataformas citadas são fixas, ou seja, apoiadas no fundo do mar por uma grande estrutura metálica. A balsa é usada para elevar o convés da plataforma, onde estão equipamentos e alojamentos para os funcionários, e colocá-lo sobre a base. Com 201,6 metros de comprimento e 165,3 metros de largura, a Thialf tem capacidade para alojar mais de 700 pessoas.

No início de 2001, foi escolhida pelo governo da Rússia como opção mais viável para resgatar o submarino Kursk, que havia afundado em 2000, provocando a morte de 106 marinheiros. O submarino estava a cerca de 100 metros de profundidade.