Título: Petista fala sobre reajuste
Autor: Madueño, Denise
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/01/2007, Nacional, p. A8

Três dias após o lançamento da candidatura do tucano Gustavo Fruet (PR) à presidência da Câmara, o candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP), encaminha hoje a todos os deputados carta em que pede votos e diz que, em sua campanha, ¿não há temas proibidos¿. Chinaglia faz referência ao polêmico reajuste dos salários dos deputados. O petista promete tratar o assunto com transparência e lembra que a decisão final caberá ao plenário.

Na carta, Chinaglia diz que questões como ¿as condições de trabalho¿ dos parlamentares e ¿a relação de independência e harmonia com outros Poderes¿ serão resolvidas ¿de imediato, fazendo um debate breve, sereno e transparente¿. Em outro trecho, reconhece o desgaste do parlamento. ¿A última legislatura foi marcada por episódios de muita tensão e até sofrimento. A Casa ficou com uma imagem bastante desgastada perante a sociedade, o que é ruim para todos.¿

Em dezembro, foi aprovada, em reunião de líderes, equiparação do salário dos deputados com o dos ministros do Supremo Tribunal Federal. A remuneração passaria de R$ 12.847 para R$ 24.500. Diante da péssima repercussão, o aumento foi suspenso. Na época, Chinaglia e o atual presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que disputa a reeleição, foram favoráveis ao aumento. Fruet defende reajuste que reponha perdas com a inflação.

Depois de lançar sua candidatura, Chinaglia disse que, se a decisão do plenário for pelos R$ 24.500, o reajuste será implementado.