Título: Aldo é um democrata
Autor: Scarance, Guilherme
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/01/2007, Nacional, p. A4

A candidatura de Aldo Rebelo à reeleição na presidência da Câmara dos Deputados não expressa um anseio pessoal ou uma iniciativa partidária, mas um movimento de unidade de forças políticas que surgiu de apoio em todos os partidos representados na Casa, de deputados da base do governo e da oposição. Por isso, expressa uma candidatura da instituição, com as melhores condições de criar um ambiente profícuo para a democracia interna, cenário sadio de disputa e cooperação entre todas as correntes de opinião.

O Parlamento deve ser democrático, livre, independente, soberano, justo, com oportunidades iguais para todos. Só o equilíbrio entre as forças políticas na Câmara dos Deputados permitirá a composição desse cenário para enfrentar os desafios que nos esperam a partir de 1º de fevereiro.

A próxima legislatura dará sustentação ao desenvolvimento econômico e social almejado por todos os brasileiros. Essa agenda apenas será cumprida se atingirmos o correto ponto de união e equilíbrio das forças políticas dentro da Câmara dos Deputados. A candidatura do presidente Aldo representa, para a Câmara, a garantia da participação de todos os deputados nestas discussões e decisões. É dar à Câmara o equilíbrio que pretendemos para o País.

Aldo é um homem de diálogo. No seu primeiro mandato na presidência implantou uma reforma administrativa na Câmara e promoveu mudanças históricas, como o fim das convocações extraordinárias e a diminuição do recesso parlamentar de 90 para 55 dias.

Agora, propõe rever a preparação do Orçamento, porque só tal medida será capaz de levá-lo a se tornar em parte impositivo. Quer alterar as regras que regem a edição das medidas provisórias, mantendo o conceito original de atos urgentes que agilizam o Executivo, mas sem prejudicar a função legislativa exclusiva da Câmara e do Senado. Deseja uma agenda comum pelo desenvolvimento; reforma tributária com a participação dos governadores e prefeitos e a votação da reforma político-eleitoral.

Aldo está preparado para os desafios do Parlamento frente ao atual momento político do País e diante de uma opinião pública atenta e vigilante. Tenho certeza de que, nos próximos dois anos, sua gestão continuará norteada pela transparência. Também a atividade parlamentar será fortalecida, considerando que cada um dos 513 deputados foi escolhido soberanamente pelo povo, com as responsabilidades inerentes ao cargo. Dessa forma, tenho a convicção de que quem ganha é o Brasil.