Título: Crescimento comprometido
Autor: Otta, Lu Aiko e Goy, Leonardo
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/01/2007, Economia, p. B1

Por que há risco de apagão:

Atrasos: A construção de hidrelétricas e térmicas está atrasada por causa de problemas ambientais ou porque não houve os investimentos privados necessários, devido às tarifas pouco atraentes

Térmicas: O funcionamento das usinas térmicas está ameaçado pela falta de gás natural. Se todas entrassem em operação com capacidade total, a demanda seria 11% maior que a oferta

Prazo: Os cálculos do governo para medir o risco de apagão consideram usinas que não ficarão prontas no prazo previsto. É um cálculo distorcido, mais otimista do que a realidade

Ameaça: As projeções são feitas considerando crescimento de 4% e, nesse quadro, o abastecimento não é 100% garantido. Se a economia acelerar, a ameaça de apagão torna-se mais aguda

Economia menor: Um racionamento agora geraria menos economia do que o de 2001. Famílias e empresas cortaram o desperdício desde aquela época

O que o PAC prevê:

Hidrelétricas: Acelerar a construção de hidrelétricas, facilitando a obtenção de licenças ambientais. Foi enviado ao Congresso um projeto de lei definindo melhor as competências dos governos federal, estaduais e municipais na avaliação do impacto de cada projeto sobre o meio ambiente

Gás natural: Antecipar a produção de gás natural no País

Gás de outros países: Construir terminais de regaseificação, o que permitirá a compra do produto em outros países, além da Bolívia

Fontes alternativas: Reforçar o uso de fontes alternativas de energia, como a biomassa

Financiamento: Melhorar as condições de financiamento ao setor elétrico. As linhas de crédito do BNDES foram alongadas de 14 para 20 anos e as exigências de garantia, reduzidas