Título: Lula afirma que viajará mais para cumprir promessas
Autor: Nossa, Leonencio
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/02/2007, Nacional, p. A10

Encerrando uma semana carregada de pedidos de apoio ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Lula assegurou ontem que acompanhará 'com pente fino' o andamento dos projetos. Ele admitiu que um 'caminho burocrático infindável' muitas vezes impediu que projetos saíssem do papel e prometeu se esforçar para que agora seja diferente.

'Este ano, vou viajar o Brasil mais do que viajei em qualquer momento.Eu aprendi nos 4 primeiros anos que se um presidente não estiver tomando conta do rebanho a gente pode ver, às vezes, ele se perder', disse, em discurso ao lançar a pedra fundamental de uma indústria de polipropileno em Paulínia (SP).

A unidade - que deve entrar em operação em 2008 e é parte do PAC - será comandada pela Petroquímica Paulínia, joint venture entre a Braskem e a Petroquisa, subsidiária da Petrobrás. Lula pediu mais parcerias com o setor público.'Se for verdade que para cada R$ 1 que o governo colocar, que a empresa pública colocar, a iniciativa privada colocar mais R$ 1, significa que, na teoria, podemos chegar a R$ 1 trilhão de investimentos nos próximos anos', disse.

Ele ressaltou que o PAC não é para beneficiar o governo, mas o País: 'Não é um projeto do presidente Lula, não é uma necessidade do governo.' Insistindo na necessidade de 'destravar' o País, afirmou que um esforço conjunto de setor privado, governo e Congresso pode contribuir para um maior crescimento. 'Isso tudo colocamos no PAC como compromisso para que este país saia do patamar de crescimento de 2%, 2,5%, 3% e entre definitivamente no crescimento de 5%, de mais de 5%.'