Título: A trajetória da energia nuclear no Brasil
Autor: Pamplona, Nicola
Fonte: O Estado de São Paulo, 11/02/2007, Economia, p. B4

1947 Fiscalização

Criada a Comissão de Fiscalização de Minerais Estratégicos, em meio a uma polêmica sobre a exportação de material radioativo bruto

1951 Controle É criado o CNPq, que controla reservas de urânio e tório, cujas exportações estão proibidas

1952 Exportação

O urânio volta a ser exportado

1954 Encomenda

O presidente do CNPq, almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, encomenda à Alemanha a três conjuntos de centrifugação para o enriquecimento de urânio. O projeto não chega ao País

1959 Projeto engavetado

Criado o projeto Mambucaba, que previa uma usina nuclear em área vizinha à das Usinas de Angra 1 e 2, mas ela não foi construída

1967 Tratado

O Brasil assina o Tratado de Tlatelolco, em que alguns países da América Latina comprometem-se a não fazer uso do poder nuclear como arma

1968 Soberania nacional

O Brasil recusa-se a assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares

1971 Início das obras

Começa a ser construída a primeira central nuclear brasileira, na Praia de Itaorna, em Angra

1975 Acordo

Brasil firma acordo com a Alemanha de cooperação na área nuclear. O acordo, que não foi levado a termo em todos os itens, previa a instalação de mais oito reatores no País: dois ao lado de Angra 1 e seis no litoral de São Paulo

1982 Inauguração

É inaugurada Angra 1. A usina foi adquirida sob forma de ¿turn key¿, como um pacote fechado, que não previa transferência de tecnologia por parte dos fornecedores

1985 Início de operação

Angra 1 entra em operação, com capacidade de 626 MW e no centro de uma polêmica ambiental

1988 Renúncia Pela Constituição, o Brasil renuncia ao desenvolvimento de armas nucleares

1992 Paralisação

Paralisado o processo de Angra 3, que consumira US$ 750 milhões

1996 Novo grupo

Brasil torna-se membro do Grupo de Fornecedores Nucleares

1997 Eletronuclear

É criada a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás, com a finalidade de operar e construir as usinas termonucleares

1998 Tratado 2

O Brasil é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear

2000 A segunda usina

Entra em operação Angra 2, quase duas décadas depois de iniciada a construção. O custo foi de US$ 10 bilhões