Título: Durante formação, frei passou por Bahia e Rio
Autor: Lopes, Adriana Dias e Menocchi, Simone
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/02/2007, Vida&, p. A20
Antônio Galvão de França, o frei Galvão, nasceu em 1739 em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Era o quarto de dez filhos de Antônio Galvão de França, um comerciante português, e Isabel Leite de Barros, descendente de bandeirantes paulistas.
Com 13 anos, foi enviado pelos pais para o Seminário de Belém, em Cachoeira (Bahia). Com 16 anos, ingressou no Convento Franciscano de São Boaventura de Macacu, em Itaboraí, no Rio. Foi nessa ocasião que ele adotou para sua vida religiosa o nome de Antônio de Sant'Ana Galvão, em homenagem à santa da devoção de sua família.
Foi ordenado sacerdote em 1762, na cidade do Rio. A seguir, transferiu-se para o Convento de São Francisco, em São Paulo. Bom orador e autor de poesias, foi convidado a participar em 1770 da primeira Academia de Letras de São Paulo. Frei Galvão morreu em 23 de dezembro de 1822 e foi sepultado na igreja do Mosteiro da Luz.
O processo de canonização do frei começou em 1938, mas só ganhou impulso em 1991. Em 1998, o Vaticano reconheceu como seu primeiro milagre a cura de uma menina de 4 anos que sofria de um quadro crônico de hepatite B.
O segundo milagre, uma gravidez de alto risco levada a termo e a cura de uma doença grave do recém-nascido, em 1999, foi reconhecido em dezembro passado.