Título: Bush não escapa de vaias e protestos
Autor: Oliveira, Clarissa e Brandt, Ricardo
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/03/2007, Nacional, p. A20

No último dia de sua visita ao Brasil, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, foi alvo de mais manifestações em São Paulo. Apesar do esquema de segurança montado pela Polícia e pelo Exército, ele não escapou de vaias e protestos.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) cumpriu a promessa de tentar se aproximar da comitiva de Bush, mas teve pouco sucesso. Enviou quatro ônibus à sede da Transpetro, mas apenas dois chegaram antes da formação de um bloqueio no entorno da subsidiária da Petrobrás e a manifestação fracassou. O que era para ser o primeiro protesto do dia virou uma tímida manifestação de nove sindicalistas que portavam cartazes de ¿fora Bush¿.

Outro grupo de estudantes ficou na frente do Hotel Hilton, onde Bush se hospedou. Queimaram um boneco do presidente e gritaram ¿fora Bush¿. Impedidos pela PM de se aproximar da comitiva, gritaram ¿abaixo a repressão¿. Os estudantes fizeram também piquenique em uma lanchonete McDonald¿s, onde comeram bananas.

MORADORES IRRITADOS

Os movimentos sociais não apareceram na visita de Bush à ONG Meninos do Morumbi, último compromisso na cidade. A UNE disse que a manifestação ficaria a cargo do Movimento dos Sem-Terra (MST) que afirmou que estudantes tinham se comprometido a organizar o ato.

As manifestações ficaram por conta de moradores indignados com o bloqueio de mais de 10 quarteirões. Quatro adolescentes usaram narizes de palhaço e mostraram à comitiva um cartaz com a pergunta ¿por que você está aqui?¿. Moradores da região ficaram duas horas sem poder atravessar barreiras montadas em cruzamentos. Bush acenou da limusine e foi embora sob vaias.