Título: Ministro foi ouvido no caso da morte de modelo em BH
Autor: Monteiro, Tânia e Nossa, Leonencio
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/03/2007, Nacional, p. A4

Antes de assumir o Turismo, Walfrido Mares Guia chegou a prestar depoimento no Ministério Público de Minas sobre a morte da modelo Cristiana Aparecida Ferreira. O caso foi citado ontem indiretamente por Lula durante a posse de Mares Guia nas Relações Institucionais.

Cristiana, de 24 anos, foi encontrada morta no dia 6 de agosto de 2000, em um flat de Belo Horizonte. O laudo da Polícia Civil concluiu que ela havia se suicidado ao ingerir veneno para ratos. O Ministério Público decidiu reabrir as investigações em novembro de 2002 e concluiu que ela fora assassinada. Cristiana costumava circular entre autoridades da política mineira.

Além de Mares Guia, o presidente da Cemig, Djalma Morais, o ex-governador Newton Cardoso e Henrique Hargreaves, ex-chefe da Casa Civil do governo Itamar Franco, foram ouvidos.

Mares Guia prestou depoimento no dia 30 de dezembro de 2002. Então deputado, apresentou-se espontaneamente, negou qualquer relação com o caso e disse que era vítima de ¿armação¿. Segundo o promotor Francisco Santiago, ele não foi ouvido na condição de suspeito.

O Ministério Público afirma que não encontrou indícios de participação no crime dos políticos que prestaram depoimento. O detetive particular Reinaldo Pacífico, ex-namorado da modelo, foi denunciado como autor. Mas Santiago suspeita de que o assassinato tenha sido cometido a mando. O processo tramita no 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.