Título: Pentacampeão de desmatamento, MT atinge outras metas antes do prazo
Autor: Amorim, Cristina
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/04/2007, Vida&, p. A28

Mato Grosso corre contra o tempo para reverter uma estatística nada ostentadora: nos últimos cinco anos o Estado lidera o ranking nacional de desmatamento da Amazônia. Por outro lado, na avaliação geral de levantamento feito pela ONG Imazon, o Estado apresentou a melhor situação entre os nove Estados da Amazônia Legal. Três metas estabelecidas pela ONU para 2015 foram atingidas: saúde, educação e combate à pobreza.

Em 2005, o Estado tinha 6% da população vivendo em condições de extrema pobreza, com menos de US$ 1 por dia por pessoa, ante 28% no Maranhão - o pior índice da região, ainda que tenha saído, desde 1990, de patamares só comparáveis aos do Haiti. Além do Bolsa-Família, que repassa mensalmente recursos a 142.731 pessoas, segundo dados do final de 2006, Mato Grosso desenvolve ações e programas na área da assistência social, com registro civil de nascimento, mutirões da cidadania, programas de transferência de renda, erradicação de trabalho escravo, qualificação profissional e inclusão digital.

¿Apesar da pujança econômica do nosso Estado, há ainda milhares de cidadãos vivendo em situação de extrema pobreza, o que exige que tomemos medidas necessárias para que os mato-grossenses que estão nessa situação possam usufruir e exercer plenamente seus direitos e deveres civis e políticos¿, disse a secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Terezinha Maggi.

DIREITOS BÁSICOS

O Estado apresenta 96% de freqüência dos alunos do ensino fundamental - a meta é chegar a 100%. Segundo o secretário-adjunto de Educação, Osvaldo Sobrinho, um conjunto de ações permitiu subir dos 83% registrados em 1990, como investimento em infra-estrutura e formação de professores. Quanto à saúde, o Estado reduziu o número de casos de malária de 7.416 casos por 100 mil habitantes, em 1990, para 236, em 2004. ¿O foco deixou de ser o mosquito para ser o homem¿, diz a coordenadora do programa de controle da malária, Siriana Maria da Silva.