Título: TAM quer manter liderança
Autor: Barbosa, Mariana e Sobral, Isabel
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/04/2007, Negócios, p. B15
O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, afirmou ontem que a empresa, líder do mercado de aviação do Brasil, espera manter a posição neste ano, apesar da aquisição da Varig pela Gol. ¿Isso (50% de participação no mercado) faz parte do nosso `guidance¿. É um nível que nos dá uma malha forte interna para sustentar os vôos internacionais.¿
Bologna disse também, durante reunião com analistas, que a empresa tem interesse nas rotas internacionais da Varig que não estão sendo operadas atualmente. O prazo para encerrar a concessão destas rotas vai até meados de junho. Segundo o executivo, o maior interesse recai sobre as linhas para a Europa, com destaque para Paris e Londres. Além desses dois destinos, a empresa também visa a segunda freqüência da Varig para Frankfurt e a rota para o México.
Segundo ele, a Anac não deverá atender ao pedido de prorrogação nos prazos, solicitado pela Gol, nova proprietária da Varig. O executivo explica que a mudança no prazo não é permitida pelas regras vigentes e que se o órgão quiser alterar a legislação deverá fazer uma audiência pública. ¿Espero que as rotas internacionais da Varig sejam licitadas já em junho. Espero que as regras do jogo sejam mantidas, sejam democráticas e isonômicas¿, afirmou. Apesar disso, o executivo considerou positiva a compra da Varig pela Gol, uma vez que deverá racionalizar as políticas tarifárias no mercado doméstico.
O vice-presidente de finanças e de relações com investidores da TAM, Líbano Miranda Barroso, disse que o setor não corre o risco de enfrentar um cenário de capacidade excedente nos próximos anos, por conta dos agressivos planos de aumento de frota que estão sendo implementados pelas principais empresas. O executivo trabalha com a previsão de uma taxa de ocupação de 68% para o mercado em 2007, ante 72% de 2006, o que, na opinião dele,é um patamar bastante razoável.
Segundo o executivo, o aumento das rotas internacionais ajudará a TAM a manter o indicador em 70%, visto que as linhas internacionais contribuem para 2% da taxa de ocupação. ¿Levando-se em consideração um crescimento de 12% da demanda neste ano, não vejo problemas em relação ao aumento de capacidade¿, disse.