Título: Grupo diz ter matado repórter da BBC
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Fonte: O Estado de São Paulo, 16/04/2007, Internacional, p. A10

Um grupo palestino desconhecido anunciou ontem ter assassinado o jornalista britânico Alan Johnston, da rede BBC, seqüestrado um mês atrás na Cidade de Gaza. No entanto, o governo palestino e a BBC disseram não ter evidências que confirmem a declaração.

Num e-mail enviado aos meios de comunicação, o grupo, que se identificou como Brigadas de Tawheed e-Jihad, informou ter matado o correspondente da BBC em Gaza para pressionar pela libertação dos palestinos presos por Israel.

¿Estamos profundamente preocupados com o que ouvimos, mas destacamos que, até agora, é apenas um rumor sem uma confirmação independente¿, disse a BBC em um comunicado. O Ministério de Relações Exteriores britânico declarou que está checando as informações.

Um dos poucos repórteres ocidentais com base no volátil território palestino, Johnston, de 42 anos, não é visto desde 12 de março, quando seu automóvel foi encontrado abandonado. Dos vários estrangeiros seqüestrados em Gaza desde o ano passado, Johnston é o que está desaparecido há mais tempo.

O grupo prometeu divulgar, nas horas seguintes, um vídeo da execução do jornalista e acusou os governos palestino e britânico por não atender sua exigência de libertação de presos palestinos. O Ministério do Interior palestino, no entanto, disse não ter recebido nenhuma exigência ou pedido de resgate. O grupo é desconhecido em Gaza, mas seu nome é similar aos usados por outros movimentos no exterior ligados à Al-Qaeda.

Ainda ontem, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, se reuniram em Jerusalém para discutir os perfis de um Estado palestino pela primeira em seis anos. Na primeira de uma série de reuniões quinzenais, Abbas e Olmert se concentraram nas restrições comerciais e de viagem. Os dois lados qualificaram a reunião de positiva e disseram que a próxima será em Jericó, Cisjordânia.