Título: Empresas atacadas negam danificar ambiente
Autor: Arruda, Roldão
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/04/2007, Nacional, p. A6
Em seus sites na internet, as empresas atacadas pelos sem-terra apresentam outra visão de suas atividades. A Aracruz Celulose, líder mundial na produção de celulose branqueada, controlada pelos grupos Safra, Lorentzen e Votorantim, informa que em todas as suas atividades procura preservar o equilíbrio do ecossistema. Cita o fato de que os 279 mil hectares de eucalipto que possui são intercalados com outros 154 mil de reservas nativas.
A empresa informa que também estimula o plantio de eucaliptos por terceiros, através do Programa Produtor Florestal, que abrange 88 mil hectares, com mais de 3 mil produtores.
A Nortox, no norte do Paraná, tem capital 100% brasileiro. Segundo seu site, ¿a preocupação com o meio ambiente sempre fez parte da filosofia de trabalho¿. Além de tratar seus efluentes de fabricação, diz manter reserva florestal com mais de 700 mil m² de espécies nativas.
No site da Cargill chama a atenção o uso de uma expressão muito cara ao MST: ¿segurança alimentar¿. Por meio de sua fundação, a empresa mantém desde 2003 o programa De Grão em Grão, que abrange 57 mil alunos de ensino fundamental. ¿É um programa voltado ao resgate da cidadania através do incentivo à segurança alimentar e à agricultura familiar¿, diz o site. Além de orientação e material pedagógico, a empresa está criando hortas nas escolas. Os produtos são usados na merenda escolar.