Título: Modelo do negócio é dúvida entre analistas
Autor: Bahnemann, Wellington e Lopes, Elizabeth
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/04/2007, Economia, p. B6

A grande dúvida, na avaliação de Felipe Cunha, analista da Brascan Corretora, é a modelagem de venda a ser escolhida pelo governo paulista. ¿Uma alternativa bastante razoável seria pulverizar uma parte da fatia acionária e numa etapa posterior vender o bloco de controle¿, projetou o analista. Na divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2006, o presidente da estatal, Guilherme Augusto Toledo, já havia especulado sobre possíveis formatos de venda da participação societária. Segundo o executivo, se a opção fosse pela venda direta para um investidor estratégico, o prazo total da operação seria de 120 dias. Se o governo paulista escolhesse pela cisão dos ativos da Cesp, o processo levaria mais tempo. ¿É impossível falar sobre a modelagem. Ela é tão complexa e os nossos ativos não são modulares', justificou na época.

Outro ponto que não está claro é se o governo sairá totalmente da Cesp. Além dos 33,37% da Secretaria da Fazenda, que recebeu a incumbência do governador Serra de avaliar a venda de ativos incluídos no PED, o Estado de São Paulo ainda participa com 9,94% do capital total, dos quais 5,73% por meio do Metrô e 4,21% por intermédio da Companhia Paulista de Parcerias, ligada à Secretaria de Economia e Planejamento.