Título: Dória é solto; acusados vão para prisão federal
Autor: Kattah, Eduardo
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/04/2007, Metrópole, p. C1

Os 21 acusados de participar da máfia dos jogos ilegais, presos na Superintendência da PF, em Brasília, devem ir para o presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS). A transferência vai ocorrer depois de prestarem depoimento na quinta-feira, no Rio. A apuração da venda de sentenças judiciais em benefício de donos de máquinas caça-níqueis foi dividida em duas frentes: o Supremo Tribunal Federal (STF) vai tratar do envolvimento do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Medina, e de três outros magistrados e um procurador no esquema. O caso dos demais envolvidos, entre bicheiros, empresários e policiais, ficará na 6ª Vara de Justiça Federal do Rio.

Do grupo detido inicialmente pela Hurricane já foram libertados, após cumprirem prisão temporária, os desembargadores federais José Eduardo Alvim e José Ricardo Regueira, o juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Campinas Ernesto Dória e o procurador João Sérgio Leal. Alvim, Regueira e Leal foram soltos no sábado, por decisão do STF.

Dória foi o último a ser solto, ontem - além do envolvimento no caso, ainda respondia a uma acusação de porte ilegal de arma. Os policiais federais que atuam no caso ainda trabalham na análise do material apreendido; a cópia do conteúdo de computadores já foi concluída.

Ontem, o bicheiro Antônio Petrus Kalil, o Turcão, de 82 anos, passou por exames médicos no Hospital das Forças Armadas. Segundo sua advogada, Concyta Aires, ele apresenta confusão mental e sofre de problemas cardíacos.