Título: São Paulo fica com metade da verba total para habitação
Autor: Rosa, Vera
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/04/2007, Nacional, p. A11

Os projetos de habitação e saneamento do Estado vão consumir R$ 4 bilhões do total de R$ 8 bilhões destinados ao setor pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para os próximos quatro anos. A proposta feita pelo governador José Serra (PSDB) foi aceita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos deram sinal verde aos técnicos, que começaram a negociar onde aplicar a verba.

A secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, passou o dia de ontem reunida com o secretário estadual, Lair Krähenbühl, para definir as linhas gerais dos projetos a serem selecionados. Segundo ela, serão priorizadas as regiões metropolitanas (São Paulo, Campinas e Baixada Santista). A urbanização de favelas terá preferência, em detrimento da construção de novas unidades. Situações de risco ou de prejuízo ambiental também servirão de critério de seleção das áreas a serem contempladas.

Dessa forma, as ocupações ilegais nas áreas de mananciais (Guarapiranga, Billings e Cantareira, na capital), as áreas de risco, como os bairros-cota na Serra do Mar, assim chamados por ocuparem cotas proibidas para moradia, e ainda as palafitas na Baixada Santista devem ser atendidas primeiro.

¿O objetivo é investir em projetos que tenham influência direta na melhora da qualidade de vida na cidade, seja por ser uma favela que polui represas, por ser violenta demais, enfim, ocupações que, regularizadas, geram impacto ao redor¿, disse Inês Magalhães. ¿Mas o fator positivo de tudo é a união de forças na solução do problema.¿