Título: Criação de vagas é a maior em 15 anos
Autor: Marques, Gerusa
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/05/2007, Economia, p. B6
A criação de empregos com carteira assinada bateu recorde em abril, com 301.991 vagas. O saldo, divulgado ontem, foi o maior da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 1992. Esse desempenho levou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a prever que em 2007 o número de novos postos formais poderá superar o 1,65 milhão.
As novas vagas representam crescimento de 1,08% no estoque de empregos formais no País. No mês passado, houve 1.272.951 contratações e 970.960 demissões. Os números de abril superam o recorde anterior, de maio de 2004, de 291.822 vagas. Desde janeiro, 701.619 postos formais foram adicionados ao estoque nacional de empregos, resultando em crescimento de 2,54%. Segundo o Caged, nos últimos 12 meses surgiram 1.360.799 novas vagas.
Segundo o ministro, o crescimento em abril decorre das obras de infra-estrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em estradas, metrôs, aeroportos, indústria naval e construção civil, além da produção de álcool combustível. Essa elevação, segundo o ministério, está associada também à cadeia produtiva do agronegócio, ao 'ambiente favorável' para os negócios em geral e à queda contínua dos juros.
'Isso nos leva a ter uma expectativa, bem próxima de ser concretizada, de podermos bater o recorde de geração de emprego formal em 2007', disse Lupi. Segundo ele, se essa tendência se mantiver, será possível ultrapassar o recorde de 2004, quando foram criadas 1,523 milhão de novas vagas.
A abertura de vagas em abril deste ano foi 31,4% superior à de abril de 2006, com 229.803. Segundo Lupi, o setor que mais contribuiu para esse desempenho foi a indústria de transformação, com 103.763 vagas. Mais da metade veio da indústria alimentícia e de bebidas.
Em segundo lugar, aparece o setor de serviços, com 82.768 vagas, seguido da agropecuária (41.227), do comércio (36.899) e da construção civil (30.887). Entre os Estados, se destacam o Espírito Santo, com 1,91%, Paraná (1,44%) e São Paulo (1,40%).