Título: Piquete e empurrões: para professor, é 'fascismo'
Autor: Godoy, Marcelo e Iwasso, Simone
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/05/2007, Vida&, p. A15

Um piquete na porta do Instituto de Física terminou ontem em atrito. Os alunos, que aderiram à greve votada pelos estudantes que ocupam a reitoria, colocaram todas as cadeiras para fora, barrando a entrada. O professor Élcio Abdalla jogou as cadeiras e entrou aos empurrões. ¿Minha convivência com estudantes é excelente. Mas esses indivíduos , alguns que nem são daqui, usam os métodos do fascismo italiano. Me agrediram porque eu insisti em entrar para dar aula e ameaçam professores e funcionários¿, afirma.

O professor fez parte de uma lista que pede a desocupação imediata da reitoria, divulgada no início da semana passada. Há na universidade outra lista, também assinada por docentes, que defende o movimento dos alunos. Em relação à greve de funcionários e estudantes, a divisão também prossegue dentro do campus.

Ontem, apenas o Instituto de Física e a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) estavam totalmente paralisadas. A Escola de Comunicação e Artes (ECA) estava funcionando parcialmente. As outras unidades, como a Escola Politécnica e a Faculdade de Economia e Administração, tiveram atividades normais.

Já a prefeitura e outras atividades administrativas estão paradas, o que deverá prejudicar os pagamentos de salários e bolsas neste mês, segundo a assessoria de Imprensa da USP.