Título: 'Está tudo no abandono', diz novo diretor da autarquia
Autor: Macedo, Fausto
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/06/2007, Nacional, p. A8

¿Quase nada saiu do papel¿, revela Rubens Brito, diretor-presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (Caema). ¿A obra foi dividida em dois lotes, um para a Gautama outro para a OAS, R$ 150 milhões para cada uma. Mas não andou.¿

Rubens Brito assumiu o cargo em 11 de janeiro de 2007. ¿Está tudo parado, tudo no abandono¿, lamenta o presidente da companhia. ¿Mesmo assim as empreiteiras receberam mais de R$ 30 milhões.¿

Ele informou que os contratos foram firmados pelo então presidente da Caema, Tadeu Antonio Oliveira Pinto, que as duas empreiteiras levaram de Salvador com aval do governo maranhense. ¿Roseana nomeou uma equipe na companhia de água, foi uma intervenção.¿ Oliveira Pinto ficou na Caema até 2004. Ele não respondeu aos contatos do Estado.

LIMINAR

A obra da Adutora Italuís II está paralisada por força de decisão liminar da Justiça Federal em ação civil pública. A Caema apelou ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, que ainda não decidiu a pendência.

Brito estranha que as duas empreiteiras - Gautama e OAS -, por meio de aditivo ao contrato, formalizaram um consórcio com uma terceira empresa.

¿A duplicação do sistema Italuís é muito importante, são 56 quilômetros de extensão, mas não há o que fazer. A obra não andou¿, afirmou o presidente da Caema. ¿A Gautama e a OAS eram uma só praticamente. Contrataram uma firma da Bahia que veio para fiscalizar a obra.¿