Título: G-8 vê economia em 'boas condições'
Autor: Chade, Jamil e Marin, Denise Chrispim
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/06/2007, Economia, p. B3

Os oito países mais industrializados estimam que a economia mundial está em ¿boas condições¿, com crescimento mais equilibrado entre as regiões, segundo documento divulgado ontem em Heiligendamm.

¿O crescimento é agora mais equilibrado entre as zonas geográficas, como indica a desaceleração nos Estados Unidos, o reforço da demanda interior na Europa e os investimentos sempre robustos no Japão¿, sublinham os oito países (Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha e Rússia).

¿Os desequilíbrios mundiais mostraram alguns sinais de estabilização mais recentemente¿, segue a declaração, referindo-se ao elevado déficit comercial americano, enquanto os países asiáticos (essencialmente a China) e aqueles produtores de petróleo têm grandes excedentes.

O documento pede colaboração nesse ponto: ¿Nas economias emergentes com excedentes importantes e em crescimento, é crucial que a taxa de câmbio efetiva evolua de maneira que se produza um necessário ajuste¿.

PREOCUPAÇÕES

Como demonstra a declaração, as preocupações sobre o câmbio foram motivo de discussão entre os líderes do G-8. ¿Foram expressas algumas preocupações sobre o nível da moeda chinesa e sobre o que pode significar isso em termos de competitividade¿, assinalou o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso.

De outro lado, uma fonte governamental da Alemanha disse que as moedas fizeram parte das conversas, mas não tiveram destaque. A moeda chinesa, controlada pelo Estado, é considerada artificialmente baixa pelos Estados Unidos e pela Europa e Washington pressiona Pequim para que permita que o valor dela seja estabelecido pelos mercados.

Barroso disse que a Europa, onde a economia ressurgiu em 2006, estava fazendo sua parte para alcançar crescimento econômico e prosperidade global. ¿Nós temos os problemas de desequilíbrio que têm alguns de nossos sócios.¿

Os líderes do G-8 devem reunir-se hoje com o presidente chinês, Hu Jintao, e com os líderes de Brasil, Índia, México e África do Sul.