Título: CUT e Força queriam mais
Autor: Tereza, Irany
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/06/2007, Economia, p. B4

As duas maiores centrais sindicais criticaram as medidas adotadas pelo governo para favorecer setores industriais prejudicados com a valorização do câmbio.

A CUT censurou o fato de as medidas não estarem vinculadas a cláusulas sociais. 'A CUT reitera que financiamento, investimento ou isenções fiscais com recursos públicos para empreendimentos privados devem incluir cláusulas sociais que condicionem as empresas a manter e gerar empregos com carteira assinada e a investir no aprimoramento educacional de seus trabalhadores', disse o presidente da central, Arthur Henrique, em nota.

Ele exigiu mudanças na política macroeconômica que favoreçam o setor produtivo em detrimento do sistema financeiro.

Para a Força Sindical, as medidas vieram tarde demais e não ajudam a recuperar empregos, receita e competitividade perdidos pelos segmentos têxtil, moveleiro, calçadista, moveleiro, eletroeletrônico e automotivo. 'Com a morosidade, esses segmentos perderam competitividade, muitas empresas fecharam as portas, ocasionando desemprego e perda de receita para os municípios e Estados', disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, também em nota. Ele pediu uma ação mais eficaz do governo em relação à queda do dólar, cobrou a redução da taxa de juros, a execução da reforma tributária e o foco na produção.