Título: Merkel descarta, por enquanto, ampliação do G-8
Autor: Marin, Denise Chrispim e Chade, Jamil
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/06/2007, Economia, p. B1

A cúpula do G-8 terminou ontem com promessas de que países ricos e emergentes trabalharão de forma conjunta para resolver os problemas do mundo. Mas a anfitriã, a chanceler alemã, Angela Merkel, deu um banho de água fria nas pretensões de alguns governos e insinuou que uma eventual adesão dos países emergentes ao grupo dos países industrializados não será para já.

Uma das principais reivindicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua participação na cúpula dos países industrializados concluída ontem no balneário de Heiligendamm foi de que o envolvimento dos países emergentes não pode apenas ser de convidados de luxo.

Ainda sem um acordo para a ampliação do grupo, Merkel apenas anunciou a criação de um diálogo entre os países ricos e emergentes com o objetivo de tratar de temas pontuais até 2009.

Como vem ocorrendo há cinco anos, México, Brasil, China, Índia e África do Sul são convidados para debater temas como comércio, pobreza e agora meio ambiente com o G-8. Ontem, em sua conferência de imprensa para concluir a cúpula, Merkel deixou claro que diferentes países industrializados ainda têm ¿posições distintas¿ sobre uma eventual ampliação do grupo, formado por Estados Unidos, Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Japão e Rússia.