Título: Ex-governador é amado e odiado em Brasília
Autor: Madueño, Denise e Samarco, Christiane
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/06/2007, Nacional, p. A6.

Desde que o então presidente José Sarney o nomeou governador do Distrito Federal, em 1988, nenhum político divide tanto a capital quanto Joaquim Roriz (PMDB-DF). Para a quase totalidade da população pobre, é um enviado divino; para boa parte da classe média, trata-se de representante do capeta.

Roriz começou a carreira política em 1976, sendo eleito deputado estadual pelo MDB de Goiás. Em 1980, participou da fundação do PT no Estado. Mas, hostilizado pelos petistas, foi para o PMDB.

Ele já governou Brasília em quatro ocasiões. Na primeira, foi nomeado. Nas outras duas, em 1990 e 1999, chegou lá pelo voto direto. Reeleito em 2002, saiu em abril de 2006, para se candidatar a uma vaga no Senado.

Por seu estilo, Roriz mais parece um coronel do início do século passado numa capital do século 21. Para acabar com as invasões e favelas no Plano Piloto, ele acabou formando sete cidades; e depois transferiu seu título de eleitor para a maior delas, Samambaia, com 200 mil habitantes.

Na classe média ele é acusado de ter atraído mais migrantes para Brasília.