Título: Seis emissoras buscam financiamento do BNDES
Autor: Cruz, Renato
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/06/2007, Negócios, p. B11
Seis emissoras e retransmissoras de televisão estão negociando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiamento para a implantação do sistema digital. Até a semana passada, duas operações já haviam sido aprovadas dentro dessa linha de financiamento, uma para o SBT e outra para instituições envolvidas no desenvolvimento do primeiro chip para equipamentos de transmissão de sinais de TV digital no País.
O BNDES criou uma linha para financiar projetos ligados ao novo padrão chamado Programa de Apoio à Implementação do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre, o Protvd. O programa terá orçamento de R$ 1 bilhão, com vigência até dezembro de 2013.
De forma geral, o objetivo do programa é financiar pesquisa e desenvolvimento, modernização de infra-estrutura, produção de insumos (software, equipamentos e componentes) e conteúdos digitais. A estimativa inicial é que sejam liberados ao redor de R$ 100 milhões pelo BNDES apenas este ano.
EQUIPAMENTOS IMPORTADOS
Segundo o chefe do Departamento de Telecomunicações do BNDES, Alan Fischler, os valores de financiamento para este ano não deverão ser tão elevados, porque a televisão digital começará no fim do ano por São Paulo e os equipamentos de transmissão em grandes capitais são basicamente importados. O BNDES não financia importações.
'Tem havido um grande interesse do setor. As empresas têm vindo ao banco para conhecer a linha', diz Fischler. O banco já aprovou financiamento de R$ 9,2 milhões para o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão). Os recursos serão usados, basicamente, para modernização de transmissores analógicos, para garantir a qualidade do sinal na transição da TV analógica para a digital.
Com o financiamento, o SBT pretende comprar 194 transmissores para as oito emissoras e uma empresa afiliada e substituir três torres de transmissão - em Ribeirão Preto, Barretos e Sorocaba, no Estado de São Paulo.
Além deste projeto, foram liberados R$ 14,6 milhões para a União Brasileira de Educação e Assistência (UBEA/PUC-RS) e o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), para desenvolver o chip.