Título: Senador vê 'tentativa criminosa' de criar confusão
Autor: Scinocca, Ana Paula
Fonte: O Estado de São Paulo, 26/06/2007, Nacional, p. A5

O senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) divulgou nota ontem em que rechaça ¿com veemência¿ o que chama de ¿tentativas criminosas de confundir uma negociação normal, sem recursos públicos, entre pessoas físicas e jurídicas privadas, com investigações em curso na Polícia Civil e no Ministério Público do Distrito Federal¿. Roriz afirma que a escuta telefônica, obtida pela Polícia Civil e supervisionada pelo Ministério Público do Distrito Federal, vazou ¿criminosamente¿ para a imprensa, ¿isolada do contexto e evidentemente sem ligação com a investigação denominada Operação Aquarela¿.

Na nota, ele afirma que agiu apenas ¿na condição de amigo de longa data das pessoas citadas e no interesse de uma negociação particular¿. Explica que contraiu empréstimo de R$ 300 mil no dia 12 de março de 2007 com o empresário Nenê Constantino, em razão da necessidade de fazer ¿pagamento inadiável¿ no dia 14 de março de 2007.

Segundo Roriz, seu diálogo com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin de Moura deu-se ante a necessidade de resgatar, em espécie, a pedido do beneficiário, o cheque de R$ 2.231.155,60, emitido pela Agrícola Xingu S.A., para viabilizar empréstimo pleiteado a fim de garantir um desconto de R$ 260.680,00 oferecido pelo vendedor de uma bezerra que adquiriu, que estava condicionado ao pagamento até 14 de março de 2007. Por fim, afirma que ¿adotará enérgicas medidas judiciais cabíveis para apuração da responsabilidade civil e criminal dos envolvidos no vazamento ilegal dos diálogos¿.