Título: Chávez fecha acordo com a Sidor
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Fonte: O Estado de São Paulo, 16/06/2007, Economia, p. B14

Em maio, presidente venezuelano havia ameaçado nacionalizar a siderúrgica argentina, a maior do país

A siderúrgica argentina Sidor, maior empresa do setor na Venezuela, firmará um acordo com o governo do presidente Hugo Chávez que deve impedir a sua nacionalização. O anúncio foi feito ontem pelo ministro das Indústrias da Venezuela, José Khan. 'Com esse acordo, a Sidor manterá a mesma estrutura societária', disse Khan.

A Sidor é uma subsidiária da Ternium, que tem entre seus acionistas a brasileira Usiminas.

No dia 3 de maio, Chávez, que já estatizou as maiores empresas dos setores de telefonia e eletricidade da Venezuela, ameaçou nacionalizá-la se a empresa não aceitasse mudanças na política de distribuição de aço. Segundo o presidente venezuelano, a Sidor deveria deixar de priorizar as exportações e garantir o abastecimento do mercado interno, 'a um baixo custo'.

As ameaças de nacionalização causaram irritação na Argentina e, após um pedido pessoal do presidente Néstor Kirchner, Chávez concordou em conversar com o empresário argentino Paolo Rocca, presidente da holding Techint, que possui 60% das ações da Ternium.

De acordo com Khan, pelo acordo a Sidor investirá até US$ 550 milhões para 'aumentar a produção e gerar empregos'. Uma das possibilidades discutidas com a empresa teria sido a criação de uma empresa mista com o governo venezuelano para produzir barras de ferro.

A Sidor é a principal siderúrgica da região andida e do Caribe, com uma produção de 4,2 milhões de toneladas de açõ líquido em 2006.