Título: Máquinas querem desonerar toda a cadeia
Autor: Rehder, Marcelo
Fonte: O Estado de São Paulo, 17/06/2007, Economia, p. B5
O presidente eleito da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, vai propor ao governo a desoneração tributária da cadeia produtiva do setor. A idéia, segundo ele, seria aplicar no mercado interno a mesma regra que vale hoje para a exportação de bens de capital, que é isenta de quase todos os impostos.
¿A diferença é que não haveria créditos tributários a restituir¿, adianta Aubert Neto, que toma posse do cargo dia 20 de julho.
Segundo ele, os detalhes técnicos da proposta não estão fechados. O estudo sobre sua viabilidade, a ser entregue ao governo, está sendo preparado por uma equipe de especialistas, comandada pelo presidente eleito da Abimaq.Com uma carga tributário de 35%, em média, o setor de máquinas e equipamentos representa cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e é considerado estratégico para o desenvolvimento econômico do País.
¿Não queremos nenhuma vantagem¿, diz o executivo. ¿Queremos apenas isonomia com países como a Alemanha, Estados Unidos, França e Itália, com os quais disputamos o mercado global de bens de capital¿, diz Aubert Neto.
De acordo com ele, o setor não é contrário à importação de máquinas e equipamentos, desde que traga inovação tecnológica e agregue valor ao produto nacional.
¿O que não podemos concordar é com a importação de máquinas da China por R$ 4,00 o quilo. É uma concorrência desleal que acaba com a indústria nacional¿. Entre os segmentos que mais vêm sofrendo com o aumento das importações da China está o de máquinas para o setor de plástico.