Título: Chinaglia deixa a decisão nas mãos do presidente do Senado
Autor: Lopes, Eugênia
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/06/2007, Nacional, p. A4

Petista afirma que denúncias devem ser tratadas no Conselho de Ética

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem no Guarujá, na Baixada Santista, que cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidir se vai ou não presidir a sessão do Congresso que tratará da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO). Chinaglia frisou que não faria ¿nenhum tipo de ponderação¿ e explicou: ¿Acaba tendo uma dimensão política: se ele vai é uma atitude, se ele não vai é outra atitude¿, disse.

¿Existem manifestações de que ele não deveria presidir a sessão do Congresso e alguns deputados se manifestaram nesse sentido, mas eu não tratei esse tema com ele¿, ressaltou o presidente da Câmara. A respeito das denúncias que pesam contra o senador alagoano, Chinaglia afirmou que esse é um assunto interno do Senado e prefere aguardar o desfecho do trabalho no Conselho de Ética.

Sobre a reforma política, o petista afirmou que as votações estão servindo pelo menos para mobilizar opiniões, o que ele considera ¿um bem para a democracia¿. ¿Agora eu estou absolutamente seguro que a Câmara tem que fazer esse esforço. Se aprova ou não aprova, é democrático também¿, observou o deputado, sobre a intenção de colocar outros pontos da reforma em votação, após a rejeição da votação em lista.

Chinaglia afirmou já ter se questionado sobre a necessidade da reforma política. ¿Parecia que era unânime, todo mundo era a favor. Foi só pautar para votar que a gente percebeu que não era unânime¿, comentou o presidente da Câmara. Na sua avaliação, o principal avanço nessa área, nas últimas décadas, foi o direito ao voto. ¿A ditadura havia nos tirado esse direito, depois conquistamos o direito de fundar partidos.¿

COLIGAÇÕES

O petista disse, ainda, que depois de votar temas como o fim das coligações proporcionais e a fidelidade partidária, pautados para a próxima semana, os deputados vão debater aquilo que eventualmente precise de alteração da própria Constituição. ¿Ou seja, nós começamos e vamos terminar a reforma política¿, completou.

Durante a manhã, o presidente da Câmara compareceu a uma missa campal em homenagem a São Pedro, na Praia do Perequê, no Guarujá, e almoçou com o prefeito Farid Madi (PDT) e alguns políticos da região.

Antes de viajar para a capital paulista, Chinaglia fez uma parada em Santos e participou da gravação de um programa de debates que vai ao ar na próxima segunda-feira pela TV Mar, afiliada da Record na região.