Título: Cobrança por minuto começa hoje e migração vai até dia 29
Autor: Dolis, Rosangela
Fonte: O Estado de São Paulo, 02/07/2007, Nacional, p. B8

São duas as opções para o consumidor: plano básico e alternativo

Começa hoje, na capital, a cobrança das ligações locais entre telefones fixos por minuto, em vez de pulso. A migração vai até dia 29, atingirá 2,5 milhões de linhas e será feita em nove lotes, de acordo com a data de vencimento da conta. A partir de hoje, o novo sistema já está valendo para os assinantes com vencimento todo dia 24 - para esse grupo, a primeira conta em minutos será a de 24 de agosto (veja outras datas no quadro).

Independentemente da data de início da tarifação da ligações em minutos, os assinantes têm até dia 31 para escolher o plano. São duas as opções criadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel): o Plano Alternativo (Pasoo) e o Plano Básico.

O alternativo tem franquia residencial de 400 minutos, tarifa menor (R$ 0,03667 por minuto), mas cobra taxa equivalente a 4 minutos (R$ 0,14672) para completar cada ligação, e tarifação a cada 6 segundos. O básico tem franquia de 200 minutos, tarifa maior (R$ 0,09557 por minuto), mas é isento de taxa para completar a ligação, e tarifação mínima de 30 segundos e, depois, a cada 6 segundos. A assinatura permanece em R$ 37,98 nos dois planos.

O alternativo é indicado para quem faz, no horário normal, mais ligações longas (acima de 2 minutos e 30 segundos) que curtas e/ou usa internet discada. Já o básico é dirigido a quem faz mais ligações rápidas (até 2 minutos e 30 segundos).

Só precisam manifestar a opção à Telefônica os assinantes que escolherem o alternativo, pois a migração para o básico será automática. Assinante de plano em minutos da própria empresa permanecerá nele se não manifestar outra opção.

De acordo com a Telefônica, 95% dos assinantes que já migraram estão no básico e 5% no alternativo. O diretor-executivo do Procon, Roberto Pfeiffer, lembra que a expectativa da Anatel era mesmo que o básico atraísse mais assinantes, mas atribui a diferença tão grande a vários fatores.

Entre eles, cita o desconhecimento. Ele ressalta também que, para fazer a opção, o assinante precisa conhecer o perfil de suas ligações: 'Essa é uma dificuldade, porque a cobrança em pulso não permitia que o consumidor tivesse a noção de tempo'. Pfeiffer explica que o Procon solicitou à Telefônica que informasse ao cliente o perfil de suas ligações, mas não foi atendido. Outro fator para a grande preferência pelo básico, diz Pfeiffer, é que, na dúvida, a tendência é sempre escolher o que for mais fácil, 'e ficar no básico é o mais fácil, porque nem há o trabalho de ligar para a Telefônica'.

Pfeiffer avalia também que os candidatos ao alternativo eram assinantes que anteriormente migraram para o plano em minutos da própria empresa. A Telefônica tem 2,7 milhões de assinantes em seu plano Meus Minutos.

MUDANÇA DE PLANO

Pfeiffer acredita que, após o recebimento da primeira conta, vai haver uma movimentação de clientes entre os planos. A mudança poderá ser feita a qualquer momento.

Para comparar o plano escolhido com o outro oferecido, o assinante deverá pedir à Telefônica o quadro comparativo. Ele explica que os dois planos foram montados de tal forma que, se a pessoa fez a escolha certa, a conta em minutos não deverá ser muito diferente da em pulso. Se for observada uma mudança injustificada de valor, Pfeiffer orienta o consumidor a pedir o quadro comparativo e a conta detalhada à Telefônica, para avaliar se deve mudar de plano. O comparativo e o detalhamento da conta só serão fornecidos pela Telefônica sob solicitação do cliente. A conta detalhada vai identificar o número do telefone chamado, a data e o horário da chamada, a duração e o seu valor.