Título: Aliados recuam e agora pedem que conselho leve investigação até o fim
Autor: Fontes, Cida., Costa, Rosa e Scinocca, Ana Paula
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/07/2007, Nacional, p. A5
O PT e demais partidos do bloco aliado ao governo não resistiram à última e frustrada manobra para livrar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da investigação no Conselho de Ética. Uma nota à imprensa, lida no plenário pela líder do bloco, Ideli Salvatti (SC), marcou o recuo do grupo que desde o início da representação estava alinhado na defesa de Renan.
Na nota, afirmam que consideram ¿importante¿ o prosseguimento da apuração no conselho, pedem pressa nos procedimentos do colegiado e ¿aplaudem¿ a iniciativa dos integrantes da Mesa Diretoria, presidida pelo petista Tião Viana (AC), de legitimar a representação do PSOL devolvendo-a ao conselho. ¿Nesta oportunidade, a bancada e os representantes do bloco no conselho expressam sua irrestrita confiança no prosseguimento das investigações, observados o devido processo legal e as garantias do contraditório e da ampla defesa¿, diz o texto.
¿O bom senso prevaleceu¿, comemorou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), até então o único que ousava contestar a orientação do partido. O senador Jefferson Péres (PDT-AM) acredita que a mudança foi provocada pelas pressões dos eleitores e pelo fato de Renan ¿ter sofrido uma derrota muito grande¿.
Para o senador Renato Casagrande (PSB-ES), outro ¿rebelde¿ do grupo, o processo chegou ao ponto de exigir responsabilidade de todos os parlamentares ¿para recuperar o prestígio do Senado¿.