Título: Empresas pedem ações rápidas
Autor: Brancatelli, Rodrigo
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/07/2007, Metrópole, p. C3

As companhias aéreas apontam pelos menos três medidas de curto prazo que ajudariam a amenizar os efeitos da crise aérea. No Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, atingido por fortes nevoeiros nos últimos dias, as sugerem que os balcões de check-in da Gol e da TAM - empresas que detêm 95% do mercado - fiquem em terminais distintos. Também pedem que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) distribua os guichês de acordo com o tamanho da empresa.

'A Varig opera hoje 2% do mercado e tem a sua disposição dezenas de balcões em Cumbica. Enquanto isso, TAM e Gol ficam espremidas no mesmo terminal', argumenta o executivo de uma companhia aérea. 'Isso ajudaria a aliviar o desconforto dos passageiros.' As empresas também identificam outros problemas em Cumbica, como o número reduzido de equipamentos de raio x (são três para atender todos os passageiros).

Outra reivindicação feita pelas companhias é operar o sistema de comunicação dos aeroportos. 'Se o vôo vai atrasar quatro horas, as pessoas têm o direito de saber a verdade. Só que hoje a Infraero divulga o que bem entende. Isso irrita os passageiros e afeta a imagem das empresas', afirma o mesmo executivo.

As empresas também pedem que a Infraero acelere as obras em andamento, principalmente a ampliação do pátio de estacionamento de aviões no Aeroporto de Congonhas. 'Não tem sentido demorar quase um ano e meio para fazer adequações tão simples', protesta o executivo.