Título: Correio pode ser alternativa
Autor: Westin, Ricardo
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/07/2007, Vida &, p. A16

Por causa da morosidade da liberação alfandegária, muitos pesquisadores têm preferido importar produtos e insumos pelos Correios. Há dois anos, a estatal criou o programa Importa Fácil Ciência, que não cobra certos impostos e leva a encomenda diretamente ao endereço do cientista.

Para usar o Importa Fácil Ciência, o pesquisador precisa ser cadastrado no CNPq, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que financia pesquisas. Cerca de 10 mil pessoas já usaram o serviço.

A Fapesp, entidade ligada ao governo de São Paulo que incentiva estudos científicos e tecnológicos, encontrou outra solução. Criou um departamento que só cuida da importação de materiais. O serviço conta com nove funcionários, que já estão acostumados com a burocracia alfandegária. Dos cerca de 15 mil projetos financiados pela Fapesp neste momento, cerca de 1,5 mil dependem de importações.

No mês passado, a Fapesp enviou uma carta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária pedindo que os fiscais sejam treinados para liberar com rapidez materiais derivados do sangue, que perdem a validade quando não ficam na refrigeração adequada.

¿Uma solução para todo o problema é o governo incentivar a produção nacional de equipamentos para pesquisa. Isso seria uma grande passo para o desenvolvimento científico do País¿, diz o presidente da Fapesp, Carlos Vogt.