Título: Na TV, legenda diz repudiar disputa sobre caso TAM
Autor: Netto, Andrei
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/08/2007, Nacional, p. A7
Na mesma semana em que disse ser vítima de uma ¿articulação¿ da imprensa e da oposição contra o governo, o PT aproveitou seu programa partidário na televisão para tratar do acidente ocorrido com o avião da TAM no último dia 17 e dizer que ¿repudia¿ tentativas de abrir uma disputa política em torno do caso.
A mensagem, postada sobre um fundo preto ao final da transmissão, dizia que o partido manifestava seu pesar às vítimas do acidente e seus familiares e completava: ¿Em respeito à dor dos atingidos, o PT repudia qualquer tentativa de transformar o trágico episódio em um elemento de disputa política.¿
Dizia ainda que o partido ¿não medirá esforços, através de seus representantes no governo federal e no Parlamento¿, para que as causas do acidente sejam rapidamente esclarecidas.
A mensagem final do programa seguiu um tom semelhante à da resolução aprovada pela Executiva petista no início da semana. Após uma reunião em São Paulo, a direção partidária divulgou um documento convocando a militância a reagir a uma ofensiva que seria arquitetada pela oposição e pela mídia. ¿A oposição, articulada com setores da mídia, está `subindo o tom¿ nos ataques ao governo e ao PT, tendo em vista tanto as eleições de 2008 quanto as eleições de 2010.¿
No restante do programa, ao som de uma música que dizia ¿O PT é nosso, o PT é do povo¿, o partido alternou depoimentos de suas lideranças com o de pessoas comuns, vendendo a mensagem de que trabalha em benefício dos excluídos. Até o encerramento do programa, o acidente da TAM sequer havia sido mencionado.
PAC
O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), fez um depoimento sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal aposta do segundo mandato de Lula. ¿Nosso trabalho parlamentar viabilizou os investimentos de R$ 500 bilhões em infra-estrutura¿, disse o petista.
O partido aproveitou para dar espaço a lideranças como o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique.