Título: Mentira sobre o passado também pode comprometer
Autor: Costa, Rosa e Domingos, João
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/07/2007, Nacional, p. A4

O suplente de Joaquim Roriz (PMDB-DF), Gim Argello (PTB-DF), pode perder o mandato no Senado se apresentar justificativas falsas para os crimes de que é acusado. Isso porque, segundo o regimento da Casa, a mentira é considerada quebra de decoro, punível com cassação. Outra possibilidade, para o advogado Everson Tobaruela, presidente da comissão político-eleitoral da OAB-SP, é que transitem em julgado processos a que Argello responde. Se isso ocorrer, pode também perder o mandato. ¿Não há impedimento legal para ele assumir, mas pode ter problemas na sua ação social logo após a posse, o que se configura como quebra do decoro.¿

Opinião parecida tem o presidente do Instituto de Direito Político-Eleitoral, Renato Penteado. ¿O prazo máximo de inelegibilidade é de oito anos. Não vejo como alguém pode ficar sob condenação eterna por algo que fez muito antes de se tornar deputado ou senador. Decoro parlamentar é para parlamentares.¿